De um estudo realizado (fonte no fim do texto) em 2006 aqui no Brasil, foram testadas algumas marcas de resina para que se soubesse qual a sua fluorescência, que é a capacidade da restauração de se parecer com um dente natural quando exposta à luz negra (em caso de o paciente estar em uma festa ou evento social).
A preocupação maior é que um paciente ao sorrir pode expor essas restaurações e assim as pessoas que estiverem com ele saberão que ele tem um dente falso ou restauração. A resina composta foi desenvolvida como
material restaurador para dentes anteriores no intuito
de criar um material verdadeiramente estético.
Toda essa preocupação com o desempenho
estético das restaurações de resinas compostas
vem da própria filosofia de trabalho à qual a
Dentística (tem post antigo sobre ela aqui!) se propõe: restaurar forma, função e
estética da estrutura dental afetada.
Desde o aparecimento da resina composta em 1963, este material tem sido largamente
utilizado para devolver a estética aos dentes, uma vez que consegue reproduzir com
eficiência a cor natural do esmalte dentário.
Ao longo desses anos, a resina composta
foi sendo melhorada, tanto no que diz respeito às suas características físicas, como
químicas e estéticas. Desde as resinas convencionais, passando pelas
microparticuladas, híbridas e hoje, as nanopartículas, um dos objetivos dessas
mudanças foi sem dúvida a de melhorar o aspecto desses materiais em relação ao
seu brilho e a sua lisura superficial.
No estudo feito foram tiradas fotos, com a luz negra ligada, de dentes naturais com um dente falso feito de resina composta (foram usadas várias marcas para que fossem comparadas) entre eles.
De acordo com as imagens obtidas, a
classificação das resinas compostas quanto à
fluorescência é apresentada da seguinte forma:
Sendo Valor 0 pouca ou nenhuma fluorescência; Valor 1 fluorescência média (que no caso é a mais estética pois se aproxima mais à fluorescência natural do dente); e Valor 2, muito fluorescente.
O que se procura numa resina é exatamente a fluorescência desta aqui de baixo, que é a não percepção do que é dente natural e do que é falso.
Se você vai restaurar um dente da frente, que é muito visível, pergunte ao seu dentista (caso lhe interesse), se ele sabe se o seu dente vai ou não brilhar na luz negra. É no mínimo interessante!
Fonte: Artigo científico
COMPARAÇÃO DE FLUORESCÊNCIA ENTRE RESINAS
COMPOSTAS RESTAURADORAS E A ESTRUTURA DENTAL
HÍGIDA – IN VIVO
Adair Luiz Stefanelo BUSATO. Leandro Azambuja REICHERT. Rafael Rangel VALIN. Guilherme Anziliero AROSSI. Catherine Marcon da SILVEIRA.
Dra. Carolina Koff Taleb.
Especialista em Peridontia e Implantodontia.